19 março 2016

A tripla guerrilha da Renamo [15]

Décimo quinto e último número da série. Sempre trabalhando com hipóteses, finalizo o quarto e último ponto do sumário proposto aqui, a saber: A guerrilha cibernética e midiática. Escrevi no número anterior que o ciberguerrilheiro esforça-se em mostrar que a Renamo está a dizimar o exército governamental e que quase todos os dias morrem dezenas de soldados e muitos outros ficam feridos. Esforça-se, igualmente, em legitimar os ataques levados a cabo pela guerrilha do exército privado da Renamo, considerados como sendo de "defesa do povo". Mas mais: os refugiados moçambicanos que se encontram no Malawi têm sido motivo para o ciberguerrilheiro da Renamo - multiplicado por múltiplas identidades falsas no facebook e em certos blogues -, fazer do exército governamental o lobo mau que mata, fere e queima os habitantes de Tete, ao contrário dos gerrilheiros militares da Renamo, que são pobres capuchinhos vermelhos, abnegados defensores do povo. Este tema tornou-se verdadeiramente o cavalo de batalha do cenário político moçambicano, emotivamente ampliado pelos blogues do tipo copia/cola/mexerica, por certas páginas do Facebook, por certos jornais digitais e, aqui e acolá, por certas agências noticiosas, servindo de altifalantes à ciberguerrilha da Renamo. Finalmente, a terminar esta série, permitam uma sugestão de leituras, com algum recuo na história, aquiaquiaquiaquiaquiaquiaqui, aqui, aquiaqui e aqui.

Sem comentários: