26 dezembro 2015

Filipe Nyusi, expectativas e messianismo político [3]

Terceiro número da série. Tentei no número anterior definir  messianismo político, como segue: crença na capacidade considerada excepcional de certos indivíduos para resolver problemas sociais de forma imediata e irrreversível. Essa capacidade considerada excepcional faz com que alguém seja encarado como possuindo capacidades demiúrgicas, como capaz de produzir uma parusia, como portador de uma varinha mágica capaz de produzir riqueza e felicidade imediatas. Essa concepção faraónica dos grandes homens é, invariavelmente, prisioneira de um padrão de análise: a das pessoas em si, individualmente consideradas, independentes do sistema ou dos sistemas sociais que produzem e pelos quais são, por sua vez, produzidas e reproduzidas.

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