25 janeiro 2015

O seccionismo regional de Dhlakama/Renamo

Segundo a "Lusa" citada pelo "SapoNotícias", o presidente da Renamo abandonou a ideia do governo de gestão e faz agora finca-pé na autonomia governativa da região compreendida pelas províncias de Sofala, Manica Tete, Nampula, Zambézia e Niassa. Aqui.
Adenda: sem resposta do Estado ao seu governo de gestão, o presidente da Renamo enveredou agora pelo seccionismo regional. Como escrevi neste diário no dia 04, "o que se passa é a transposição da guerrilha física (na qual por muitos anos ele foi e continua a ser o comandante) para a guerrilha discursiva, simbólica. A guerrilha discursiva, simbólica, replica a coluna vertebral da guerrilha física, na qual a irregularidade permanente, versátil, do guerrilheiro, faz face à regularidade do exército estatal." Aqui.
Adenda 2 às 12:13: Dhlakama multiplica-se em comícios e visitas, obtendo sempre grande visibilidade mediática com o seu discurso populista. Finalmente, parece que já autorizou que os 89 deputados do seu partido ocupem os seus lugares na Assembleia da República.
Adenda 3 às 06:37 de 26/01/2015: segundo o "Wamphula Fax" de hoje, a propósito da visita de Dhlakama à província de Nampula: "Para o líder da Renamo, a operacionalização do seu projecto político de criação de “regiões autónomas” de Centro e Norte, onde ele e seu partido teriam conseguido maior número de votos nas eleições gerais de 15 de Outubro findo, vai acontecer “só se for necessário”, isto é, “se as negociações actualmente em curso entre o governo da Frelimo e a Renamo, falharem” [...].

1 comentário:

nachingweya disse...

"Cão que ladra não morde" mesmo. O desdentado também não.