26 maio 2009

O paradoxo

Na província da Zambézia, o governo defendeu que cumpriu o plano governamental, o governador argumentou mesmo que em 100%. Porém, o presidente Guebuza "verificou que os números apresentados não reflectem a realidade que encontrou nos distritos que visitou nos domínios social e económico. É um paradoxo."
Comentário: pena que os presidentes do nosso país não ganhem o hábito de visitar as províncias de surpresa, uma vez por ano, que não façam isso fora dos programadores de percursos e dos relatórios bien para encantar. Recordem o que disse Arlindo Nazaré, no Ile.

4 comentários:

Anónimo disse...

a terra da marrabenta esta com muitos paradoxos!

Reflectindo disse...

Na conferência da Matola e em todo o lado propalou-se e propala-se que o governo cumpriu 100 % com o plano quinquenal, diga-se também o manifesto do partido no poder. E, eu pergunto se isso é o conjunto do que os governos locais disseram? Agora em que ficamos?

O documento sobre "Aspectos críticos da governacão local em Mocambique" é o que diz a verdade.

Viriato Dias disse...

Longe os tempos em que isso aconteceia. Vale dizer que estamos com alguma saudade do presidente Samora Machel neste capítulo. De facto, quando o presidente anuncia visita a um determinado ponto do país à cama é arrumada ou camuflada para deixar transparecer uma outra realidade.

Um abraço

Anónimo disse...

Já alguém contou o número de visitas às provincias do PR? Nos meus cáculos 22... em 5 anos,o equivalente a 3 viagens do Rovuma ao Maputo de finado Machel.A presidência aberta transformou-se num mecanismo de avaliação pessoal do presidente.As populações perceberam isso...mas na realidade esse mecanismo o que faz é debilitar os poderes locais,substituir as admnistrações locais,os responsáveis sectoriais (ministérios/ministros,confirmar e consolidar a ausência de comunicação governativa entre cidadania e poderes públicos,entre outras.Em questão está o novo tipo de papel do chefe de Estado que está a ser introduzido com esta prática excessiva.O que deveriam fazer afinal os directores nacionais,os ministros,os governadores provinciais?.Será que o seu papel é só acompanhar o PR e repetir depois "como o presidente disse"? Numa outra vertente,imaginemos os presidentes dos EUA,de uma França,Espanha,China,India,Brasil,Nigéria,entre outros,se decidissem fazer presidências abertas com o ritmo de visitas semelhante ao nosso? Emfim...coisas da nossa terra!!!